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O Dr. Gustavo Santos fala sobre os mecanismos metabólicos e as respostas moleculares do atleta cetoa

  • e4agencia
  • Aug 21, 2018
  • 2 min read

O Dr. Gustavo Santos abordará, em sua palestra do Módulo Running, no #NE2018, sobre os mecanismos metabólicos e as respostas moleculares do atleta cetoadaptado, para tanto, trazendo estudos que relatam benefícios da manipulação da dieta cetogênica em algumas adaptações positivas frente à exposição corporal aos corpos cetônicos, principalmente ao atleta de endurance. De acordo com o educador físico, a cetose nutricional pode alterar, segundo a literatura, a hierarquia da utilização dos substratos energéticos pela musculatura, em que o músculo é capaz de oxidar mais gordura e garantir maior performance.


O conceito de que uma dieta rica em carboidratos é eficaz para otimizar o desempenho do exercício ganhou espaço na década de 1960, quando se descobriu a função do glicogênio muscular para reduzir a fadiga. Na última década, estudos experimentais apresentaram resultados metabólicos relacionados a dietas cetogênicas no manejo de diversas condições clínicas e na prática esportista, sobretudo, em atletas com cetoadaptação.


Um estudo (2016) avaliou os parâmetros metabólicos em 20 ultramaratonistas de elite e triatletas de distância Ironman, que realizaram um teste de exercício máximo e uma corrida submáxima de 180 minutos. Foram divididos em grupos, sendo um com consumo de uma dieta tradicional rica em carboidratos e o outro submetido a baixo consumo de teor glicídico, em uma média de 20 meses de duração.


Os resultados mostraram que a oxidação de pico de gordura foi em torno de 2 vezes maior no grupo com baixa ingestão de carboidratos, auxiliando a obter maior contribuição energética advinda de corpos cetônicos. Em conclusão, os autores evidenciaram que a adaptação de cetose, em longo prazo, pode resultar em taxas altas de oxidação de gordura, em atletas de ultraendurance altamente treinados, enquanto que a utilização de glicogênio muscular e padrões de depleção durante e após 3 horas de exercício foram similares.


A performance esportiva pode ser observada em atletas cetoadaptados que possuem acompanhamento nutricional adequado, ressaltando a importância de se avaliar a condição metabólica destes atletas.


REFERÊNCIAS


VOLEK, J. et al. Metabolic characteristics of keto-adapted ultra-endurance runners. Metabolism Clinical and Experimental, v. 65, p. 100-110, 2016.


ZINN, C. et al. Ketogenic diet benefits body composition and well-being but not performance in a pilot case study of New Zealand endurance athletes. Journal of the International Society of Sports Nutrition, v. 14, n. 22, p. 1-9, 2017.


ZAJAC, A. et al. The Effects of a Ketogenic Diet on Exercise Metabolism and Physical Performance in Off-Road Cyclists. Nutrients, v. 6, p. 2493-2508, 2014.

 
 
 

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